Mais de uma semana passou desde que a tempestade Martinho assolou a nossa região, deixando um rasto de destruição por onde passou. Casas danificadas, estradas obstruídas e, acima de tudo, espaços públicos que continuam a exibir os sinais da sua fúria. Entre esses locais, destaca-se o jardim junto à praça de touros e ao cemitério de Salvaterra de Magos, onde ainda se encontram os restos das árvores arrancadas pelo vendaval.
A pergunta que não quer calar é: onde andam os serviços municipais? Passado todo este tempo, o que justifica a demora na limpeza total do jardim? O cenário de abandono é evidente, e a falta de resposta eficaz dá lugar a uma sensação de negligência por parte das autoridades responsáveis pela manutenção dos espaços públicos.
Será que a estratégia é aguardar pela próxima tempestade, talvez a anunciada Núria, para que os ventos se encarreguem de levar os destroços que ficaram para trás? Parece absurdo, mas a inércia faz com que esta hipótese não seja tão descabida quanto devia.
A população merece uma resposta. Afinal, se os munícipes cumprem com os seus deveres, pagando impostos que deveriam garantir a manutenção e limpeza dos espaços públicos, é mais do que justo exigir que os serviços municipais façam a sua parte com celeridade e eficiência.
A reconstrução após um evento climático severo é um desafio, mas a gestão desses processos deve ser rápida e organizada. Deixar os vestígios da destruição espalhados pela vila por tanto tempo não é aceitável. O que se pede não é um milagre, mas sim o mínimo de compromisso e responsabilidade por parte dos serviços municipais.
Sejamos claros: a limpeza e a manutenção dos espaços públicos não são favores, são obrigações. Que esta situação sirva de alerta para que futuras intervenções sejam feitas com a rapidez e a eficiência que a população merece.